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Um garoto mineiro cheio de ideias mirabolantes e planos fantasiosos, assim se define o quadrinista, cartunista, animador, ilustrador 3d e publicitário, Felipe Assunção. Formado em Publicidade e rádio e TV pela UFMG, Assunção, ou simplesmente Sunça, divide seu tempo entre publicitário da rádio UFMG Educativa e o que mais gosta de fazer, desenhar.

 

Assunção começou os seus primeiros rabiscos ainda criança, mas o que antes era apenas um hobby, ganhou os primeiros contornos de seriedade quando iniciou seus estudos na Casa dos Quadrinhos, em 2006. “Lá Tive grandes mestres como o Eduardo Bernardes, o Lucas Libanio e o Eduardo Damasceno, que me influenciaram muito, sempre acreditaram em meu potencial e me guiaram no meu percurso pela ilustração”. Mas o personagem de maior sucesso já havia sido criado muito antes. Em 1999, o super-herói Botamen já dava seus primeiros passos no combate ao crime.

 

A junção Bota + homem, inicialmente era de fazer uma paródia com os nomes de super-heróis e criar um personagem com uma origem baseada em uma bota. Mas com características bem diferentes do que conhecemos hoje, apenas em 2003 o heroi ganhou a sua famosa bota na cabeça e no ano seguinte passou a ter a personalidade que possui até hoje. ”É um personagem que têm boas intenções e sempre tenta ajudar o próximo. Ele é um cara que se deu mal na vida, não é rico, não é famoso, não têm fãns, alguns diriam que é apenas um sujeito de fantasia e mesmo assim ele quer um mundo melhor. Um personagem que em uma situação cotidiana ao se relacionar com as pessoas ao seu redor acaba criando situações fora do comum e normalmente, terríveis.”

 

Desde então, o Botamen cresceu tanto em popularidade que em 2010 ganhou o seu próprio endereço na internet. No www.botamem.com é possível conferir todas as peripécias do herói. Em 2011, Sunça lançou no Festival Internacional de Quadrinhos a primeira revista do impoluto personagem. Em Botamen – Nicolau, o herói recebe a visita de um ilustre convidado que precisa de uma “mãozinha” para uma tarefa muito importante. Ao tentar ajudar esse convidado, Bota acaba complicando e atrapalhando os planos do bom velinho. Já na Gibcon 2012, o personagem ganhou seu segundo volume, Botamem – O dia em que o Bota parou. Embora para Felipe a maior dificuldade de se lançar as revistas seja financeira, ele vê um bom horizonte para a divulgação dos quadrinhos: “a internet é um bom veículo para divulgar e vender o material e temos um número cada vez maior de eventos dedicados aos quadrinhos no Brasil. Esses eventos também são uma boa maneira de conseguir divulgar e vender seu material”. Assunção acredita que trabalhar com quadrinhos em BH é melhor do que em outros mercados, principalmente por causa do FIQ, Festival Internacional de Quadrinhos. Por ser o maior evento da America Latina nessa área, o festival vem alavancando a carreia de diversos artistas mineiros e brasileiros, além de criar um mercado consumidor de quadrinhos independes que não só consome como também valoriza o quadrinista independente.

 

Em Novembro, ocorre a edição 2013 do FIQ e Felipe Assunção já está se preparando para o evento. “Vou lançar a terceira revista do Bota, uma nova história com sede de vingança (literalmente). Outras atrações exclusivas para o FIQ são o lançamento de dois modelos de bonecos do Botamem, o BotaPocket e o BotaToy, a bolacha de choop do Botamem, além de cartões natalinos com o herói”. Além disso, Assunção terá uma experiência nova no FIQ deste ano, “Desta vez sou um dos convidados do evento, vou participar de algumas atividades e palestras”. Sempre conciliando seu trabalho de publicitário com o de quadrinista, Assunção fica ainda mais atarefado perto de eventos como o Festival de Quadrinhos, mas bem humorado ele confessa: “quem precisa dormir é frouxo, neh?”

 

Outra criação de Felipe é a Charge Sonora. A proposta criada como um projeto de conclusão de curso, hoje faz sucesso na programação da rádio UFMG educativa. Mantendo as mesmas características da charge impressa, as criações de Assunção são cômicas, fazendo caricaturas de situações, personagens e até mesmo de personalidades famosas. “Se no jornal a charge é atrativa por seus traços e cores, no rádio ela vai se basear em uma das características do meio que é a criação de um diálogo mental com o ouvinte através da ambientação sonora.” Se em seu começo a charge sonora falava de diversos assuntos, hoje ela trata de uma das paixões de Assunção, o futebol. O projeto se tornou um dos quadros do programa Obvio Ululante da rádio UFMG Educativa e a cada semana traz uma sátira sobre algum acontecimento do esporte mais popular do país.

 

Como o seu personagem Botamem, Felipe Assunção também só quer fazer o bem e vai além; quer usar seus super poderes de desenhista para alegrar e divertir as pessoas. Sunça acredita no poder transformador da arte: “As possibilidades que as HQs nos proporcionam são imensas, podem propagar idéias e valores, são formadoras de opinião”. Assunção e Botamem parecem muitas vezes se confundir e nas palavras do herói é possível ter uma definição mais clara dos dois personagens: “Quando um calçado de cano alto encontra um animal bípede da ordem dos primatas, o resultado é um ser impoluto. Que tem como objetivo a defesa do bem, da paz e o combate ao crime”

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