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Ativismo

"Se eu conseguir os meus direitos como cadeirante, outras pessoas também serão beneficiadas. Uma mãe poderá carregar um carrinho de bebê com mais facilidade se a calçada estiver em boas condições"

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Por sentir na pele a deficiência do Estado em prestar serviços públicos adequados, Sandro é um indivíduo engajado na causa dos deficientes. Possui um canal de vídeos no YouTube e um blog, chamado “Sandro Waldez um Cadeirante”, onde se dedica prioritariamente a denunciar a falta de estrutura no transporte público e abusos por parte de funcionários desse setor. Tamanho empenho chamou a atenção e levou diferentes veículos de imprensa a procurá-lo, após o envio de um vídeo feito por ele à equipe do Fantástico. Em 2012, Sandro foi matéria no dominical da TV Globo, no Portal G1,Bom Dia Brasil e MGTV. No vídeo, que gerou toda essa visibilidade, é exibida a ineficiência dos ônibus de Belo Horizonte em transportar um cadeirante. Motoristas não paravam o ônibus no meio fio para que Sandro subisse no elevador, este equipamento aparecia com problema em certas ocasiões e era necessário aguardar o próximo veículo, atrasando ainda mais o seu percurso. Em alguns momentos o descaso era tão grande que o ônibus não parava ou seguia viajem ao ver que um cadeirante pedia para ser levado.

 

Sandro não se cala. É consciente dos seus direitos. Já discutiu com taxista que ocupou parte da rampa para cadeirantes e se mostrou insensível em reconhecer o erro. Na empresa responsável por fiscalizar o transporte por ônibus em BH, em seu canal de reclamações, o nome de Sandro é frequente. O resultado, porém, nem sempre dentro do esperado. “Somente na BHTrans possui mais de 80 reclamações minhas e eles nada fazem para melhorar a situação.” O posicionamento ativo de Sandro já lhe rendeu algumas críticas e até mesmo uma prisão. “Algumas pessoas falam que eu sou arrogante, por estarem acostumados com uma visão de cadeirante que fica em casa debilitado e que não luta pelos seus direitos. Certa vez eu parei na frente de um ônibus, porque por lei eles não podem sair sem levar um cadeirante, chamei a polícia e eles me jogaram no chão e depois me levaram preso para a delegacia.””

 

 

Superando desafios e preconceitos

Perfil de Sandro Waldez

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