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"Lá fora a vida passa e eu aqui à toa"

"Eu me arrependo do que fiz, mas tudo isso foi importante para que eu aprendesse."

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Desolado pela sua realidade, Sandro se perde por dois anos em um mundo sombrio. “Eu não tinha coragem de dar um tiro na cabeça por imaginar a minha mãe limpando o meu cérebro na parede, por isso optei por uma forma de me autodestruir”. Foi então que o filho de Dona Hortência buscou sua autodestruição nas drogas e em companhias que ele mesmo reconhece que não valiam a pena. “Eu usei todo o tipo de droga, álcool, cigarro, injetável, crack, cocaína. Andei com o pior tipo de companhia”. A saída desse estado melancólico veio de repente, da mesma forma que a causalidade lhe tirou o movimento das pernas. “É como diz a música: ‘Lá fora a vida passa / E eu aqui à toa / Eu já tentei de tudo / Mas não tenho remédio / Prá livrar-me desse tédio’”.

 

Certo dia Sandro recebe um telefonema, como vários outros que recebeu nesses anos. Era um convite de um amigo para participar da sua festa de formatura. Sandro Waldez fez diferente das outras vezes e não recusou de cara a proposta, disse que iria pensar. De fato, acabou não indo no evento, mas cumpriu, em partes, o prometido. Em um dado instante, aquele jovem pensa em tudo o que estava vivendo e percebe que não tem mais o tempo que passou. Ao longo desses anos Sandro largou os seus estudos que estavam entre o 8º e 9º ano, antigas 7ª e 8ª séries. Estaria também quase formando se não tivesse parado de frequentar a escola. Então, se enche de vontade e decide mudar a maneira como estava conduzindo o presente, retoma os livros e se forma no ensino médio.

 

 

Superando desafios e preconceitos

Perfil de Sandro Waldez

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